Kirchner vem ao Brasil na terça-feira para encontro com Lula

O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, virá ao Brasil na terça-feira (25). Kirchner tem programado um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesse mesmo dia, em São Paulo. Na quarta-feira (26), eles voltam a reunir-se, dessa vez, com a participação do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Não há informações oficiais sobre os temas que os três presidentes discutirão. O principal projeto da aliança estratégica formada pelos três países é a construção de um gasoduto que traria gás natural da Venezuela até o Sul do continente. O projeto ajudaria a reduzir a dependência da região em relação ao gás boliviano.

Porém, trata-se de um empreendimento polêmico. Está orçado em R$ 50 bilhões e, segundo avaliações do setor privado, seria necessário uma rede de indústrias instaladas ao longo de todo o gasoduto para torná-lo rentável. Chávez é entusiasta do projeto, mas Kirchner, em março, cancelou uma cerimônia em que deveria ser assinado um protocolo para a realização do projeto. Outro projeto da aliança dos três países é a criação de um banco do Sul, para financiar investimentos na região.

Kirchner chega no fim da tarde de terça-feira e se encontra com Lula no Hotel Sofitel. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os dois presidentes tratarão de "temas de interesse comum da agenda bilateral", continuando os assuntos da visita de Estado feita pelo presidente argentino ao Brasil em janeiro. Na ocasião, os dois presidentes discutiram, entre outros temas, o Mecanismo de Adaptação Competitiva (MAC), que restringirá as exportações brasileiras para a Argentina enquanto a indústria do país vizinho se prepara para enfrentar a competição.

Ontem (20), o jornal argentino "Clarín" noticiou que Lula teria interferido na crise entre Argentina e Uruguai em torno da instalação de duas fábricas de papel na fronteira entre os dois países. Ele teria telefonado para a presidente da Finlândia, Tarja Kaarina Halonen, pedindo que ela fizesse uma gestão junto à empresa Botnia para adiar a instalação da fábrica A informação foi desmentida pelo governo argentino.

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