Justiça nega pedido de habeas corpus a dono da Daslu

O desembargador Luiz Stefanini do Tribunal Regional Federal da 3ª Região negou o habeas corpus do diretor-financeiro da butique Daslu, Antônio Carlos Piva de Albuquerque, pedido pelo advogado Octávio Ramos. Albuquerque foi preso ontem em sua residência, no Morumbi, na capital paulista, pela Polícia Federal (PF) e depois de levado ao Instituto Médico Legal (IML).

Além deles, outros cinco donos de importadoras são acusados de formação de quadrilha, descaminho aéreo consumado (importação de produtos lícitos, mas de maneira irregular), descaminho aéreo tentado e falsidade ideológica. Conforme o Ministério Público Federal, eles podem pegar até 21 anos de prisão se forem condenados.

A prisão preventiva efetuada ontem foi decretada pela juíza Maria Isabel do Prado, da 2ª Vara Criminal de Guarulhos, a pedido dos procuradores da República Matheus Baraldi Magnani e Jefferson Aparecido Dias. Magnani justificou a prisão com três motivos: reiteração criminosa, tentativa de comprometimento do andamento do processo e ocultação para não ser intimado para atos judiciais.

Albuquerque está no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarulhos, na Grande São Paulo. O CPD tem capacidade para 768 detentos, mas está com 1.165. No período do regime de observação apenas o advogado pode visitá-lo.

Albuquerque é irmão da proprietária da butique, Eliana Tranchesi. Tanto ele quanto a irmã já estiveram presos na Polícia Federal, em julho de 2005, quando foram efetuados mandados de busca e apreensão e prisões temporárias pela polícia. Eliana ficou detida por 11 horas. Seu irmão passou 5 dias sob custódia.

Eliana Tranchesi disse hoje que seu irmão não esteve presente quando convocado pela Justiça por estar em tratamento médico em hospital e clínica. "Ele está afastado das atividades desde janeiro." Eliana Tranchesi conta que Albuquerque sofre de síndromes, como a do pânico, depois de sua prisão no ano passado.

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