Justiça decreta prisão preventiva de integrantes do PCC

O juiz da Vara do Júri de Execuções Criminais de Jundiaí, interior de São Paulo, Jefferson Barbin Torelli, decretou a prisão preventiva de 11 supostos integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) que agem na cidade. Todos são acusados pela polícia de participar do assassinato do policial militar Nelson Pinto, de 44 anos, no dia 12 de maio deste ano. Na ação – que aconteceu no mesmo dia de uma série de atentados na região de Jundiaí -, também ficou ferido o policial Marcelo dos Santos Moraes, de 24 anos. Nove acusados já estão presos. Quatro por porte ilegal de arma de fogo. A polícia procura Henrique dos Santos, o Sanguinho, e Gelson Gomes, o Gelsinho.

O inquérito policial que apurou o homicídio qualificado e tentativa de assassinato foi concluído no último dia 23. Antes do fim do inquérito, os policiais tinham mandados de prisão temporária para os 11. Gomes, entretanto, compareceu espontaneamente na polícia, no dia 16, para prestar depoimento. Com isso o mandado de prisão temporária dele foi revogado. Depois de negar o crime ele desapareceu. Policiais o apontam como um dos coordenadores da organização criminosa da região. Os presos, que estão na Cadeia Pública de Jundiaí, também negam que tenham participado da morte do PM. Sanguinho está desaparecido desde o dia da morte do policial.

A prisão preventiva assegura que os acusados permaneçam na cadeia até o julgamento, que neste caso ainda não tem data para acontecer. Se a prisão preventiva não fosse determinada os nove presos poderiam deixar a cadeia, já que se esgotou ontem a segunda prisão temporária.

O delegado seccional da cidade, Joaquim Dias Alves, diz que vai apertar as buscas dos dois acusados ainda soltos, agora, também foragidos da Justiça. Alves vai entrar em contato com os advogados de procurados para que eles se apresentem para serem levados para a cadeia. "Todos já foram denunciados pelo promotor", observou.

Nos ataques do PCC, em Jundiaí, sete ônibus urbanos e quatro caixas eletrônicos foram destruídos pelo fogo. As três empresas de transporte estimam R$ 1,2 milhão os prejuízos. A polícia tem inquéritos abertos para apurar esses crimes e um terceiro que pretende identificar o tráfico de drogas gerenciado pelo PCC na região, que é o alicerce financeiro da quadrilha na região.

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