Justiça de Taiwan determina volta de Iruan ao Brasil

 advogado chinês que defende o retorno do menino gaúcho, Iruan Ergui Wu, oito anos, de Taiwan, recebeu nesta sexta-feira, a cópia da sentença proferida pela Suprema Corte Taiwanesa determinando, em última instância, a devolução de Iruan à avó gaúcha Rosa Leocádia Ergui, que reside em Canoas, na região Metropolitana de Porto Alegre.

Em contato telefônico com a avó de Iruan, Rosa Ergui, o diretor do escritório comercial do Brasil em Taiwan, Paulo Pereira Pinto, informou, também nesta sexta-feira, que o próximo passo será o encaminhamento imediato do pedido de execução da sentença. Porém, ele explicou que, com os trâmites legais, o processo de cumprimento da determinação judicial deverá durar cerca de dois meses. Dona Rosa Ergui também já foi informada que o Ministério de Relações Exteriores adquiriu as passagens para o retorno de Iruan.

O diplomata informou ainda que, se o tio chinês de Iruan, Huer Eam Wu, se negar em cumprir a sentença, poderá ser preso e pagar multa que pode variar entre US$ 1 mil e US$ 10 mil, e que a sentença é definitiva, não havendo mais nenhum recurso que possa reverter a situação.

Iruan está retido em Taiwan desde março de 2001. Quando estava com cinco anos e oito meses foi levado por seu pai, o marinheiro chinês Teng Shu Wu – que o visitava um vez por ano – para conhecer os parentes, mas morreu uma semana depois da chegada por problemas cardíacos. O tio Huer Eam Wu decidiu ficar com o menino, dando início a uma longa batalha judicial que agora chega ao fim. O Ministério da Justiça assumiu as despesas com advogados em Taiwan para defender a repatriação de Iruan.

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