Juros para pessoa física têm queda pequena

São Paulo – As taxas de juros para pessoa física no cartão de crédito, cheque especial e empréstimo pessoal de financeiras tiveram pequenas quedas em janeiro, em relação a dezembro, mostra pesquisa mensal realizada pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Para pessoas físicas, a taxa média de empréstimo pessoal nas financeiras caiu de 11,73% para 11,63% ao mês, levando a uma variação de 0,85% e registrando a menor taxa (274,43% por ano) desde maio de 2002. O cheque especial passou de 8,24% para 8,21%, uma variação negativa de 0,36% (taxa anual em 157,76%). Os juros do cartão de crédito caíram de 10,25% para 10,24%, uma variação de 0,10%. No ano, a taxa ficou em 222,16%.

Os juros do comércio permaneceram inalterados, em 6,15% ao mês (104,66% ao ano). O levantamento da Anefac registrou somente dois aumentos das taxas de juros em janeiro: a taxa nas operações de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) dos bancos foi de 3,48% para 3,50% ao mês (variação de 0,57% e taxa anual de 51 11%) e o empréstimo pessoal via bancos foi de 5,70% para 5,75% ao mês (variação de 0,88% e taxa anual de 95,60%). A taxa média de juros para pessoa física calculada pela Anefac em todas as modalidades de crédito em janeiro teve uma ligeira queda de 7 59% para 7,58% (redução de 0,13% e taxa anual média de 140,31%).

Pessoa jurídica

Já as taxas de juros para pessoa jurídica tiveram ligeiro aumento em janeiro. A taxa de desconto de duplicatas saiu de 3,82% ao mês em dezembro e foi para 3,87% em janeiro (aumento de 1,31% e taxa anual de 57,72%) e a taxa de conta garantida foi de 5,62% para 5,63% (variação de 0,18% e taxa anual de 92,95%).

Já a taxa de desconto de cheques foi reduzida, passando de 4% para 3,97% (queda de 0,75% e taxa anual de 59,55%) e a de capital de giro (4,23% ao mês) permaneceu inalterada (64,40% ao ano). A taxa média de juros para pessoa física calculada pela Anefac em todas as modalidades de crédito em janeiro saiu de 4 42% ao mês e subiu para 4,43% (variação de 0,23% ante dezembro e 68,23% ao ano).

Para a Anefac, a redução de 0,75 ponto porcentual na taxa básica de juros (Selic), definida na última reunião do Copom, deveria ter provocado uma queda mais acentuada nos juros nas operações de crédito. Segundo Miguel de Oliveira, coordenador do estudo e economista da associação, as elevações dos juros constatadas em janeiro podem ser atribuídas a uma maior demanda por crédito por conta da concentração de dívida do começo do ano (IPTU, IPVA, despesas escolares e compras do Natal), bem como ao aumento da inadimplência de começo de ano.

Voltar ao topo