Juro futuro interrompe queda e segue cautela externa

As principais taxas de juros na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) abriram em alta. O contrato de depósito interfinanceiro (DI) tradicionalmente o mais negociado tinha taxa de 11,56% ao ano às 10h02, ante 11,55% do dia anterior. Já o segundo mais líquido, DI para janeiro de 2010, projetava taxa de 11,43% ao ano (11,42% ontem).

Nesta terça, o mercado de juros deve acompanhar o clima externo e reduzir um pouco o entusiasmo que vem mostrando nos últimos dias. Esse tom mais comedido se deve, segundo operadores, a dois fatores. O primeiro é a expectativa em relação à divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), amanhã, e à divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) na sexta-feira, que podem ajudar o mercado a interpretar com mais precisão o que significa o resultado do número vigoroso de vagas criadas nos EUA divulgado na sexta-feira passada

Além disso, operadores afirmam que, diante do ritmo mais lento no exterior, os investidores podem aproveitar para realizar um pouco dos ganhos obtidos nos últimos dias com ativos de países emergentes, que acumulam ganhos expressivos nos últimos dias. "É o ‘efeito acumulação’ que faz todos os emergentes abrirem um pouquinho pior hoje", afirma um operador. Esse efeito explica, por exemplo, a alta do dólar comercial que, às 10h01, era negociado a R$ 2,0310, com valorização de 0,30%.

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