Juro futuro fecha em queda em véspera de ata do Copom

O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2008, o mais negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), encerrou o dia com taxa de 13,14% ao ano, em queda em relação à taxa de 13,25% ao ano projetada no encerramento dos negócios ontem.

As taxas já tinham iniciado os negócios em queda, com ajustes à pressão no fechamento de ontem, mas, ao longo da manhã, segundo analistas, extrapolaram o que seria apenas uma correção. Os profissionais consideraram o movimento exagerado pela ausência de novidades ligadas diretamente ao mercado de juros e uma vez que a expectativa da divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), amanhã, vinha adiando a montagem de posições.

Alguns deles arriscaram algumas justificativas para o desempenho mas sem convicção muito firme, como as declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, dadas esta manhã. Entre outras coisas o ministro afirmou que a inflação recua em velocidade maior do que os cortes da Selic promovidos pelo Copom, sugerindo que o BC está atrasado na condução da política monetária.

A despeito do recuo das taxas, o mercado espera a manutenção de um tom conservador no documento que o Copom divulga amanhã, que vai explicar os motivos que o levaram a cortar o juro de 14,25% para 13,75%. Espera também sinalizações futuras quanto aos próximos passos, que levem em conta o fato de que a redução acumulada da Selic já chega a seis pontos e que a inflação já teria chegado a seu limite de desaceleração e agora dá sinais de retomada, embora não se configure ainda em preocupação para os analistas.

Analistas destacam, ainda, que, no mercado de juros, o anúncio do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de manter a taxa básica norte-americana em 5,25% ao ano foi apenas monitorado, principalmente porque confirmou a aposta unânime dos investidores.

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