Juro futuro fecha em leve baixa com efeito Frei Galvão

Os juros brasileiros fecharam em leve queda, com o efeito Frei Galvão se sobrepondo ao impacto do índice de atividade industrial do ISM nos Estados Unidos mais fraco do que o esperado sobre o mercado internacional. Hoje, a expectativa pela confirmação do possível feriado no dia 11 de maio em homenagem ao primeiro santo brasileiro acabou concentrando os negócios nos contratos de curto prazo – em especial, no depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em julho de 2007 na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F).

Mas o efeito teve influência em todos os vencimentos. Afinal, se o Dia do Frei Galvão for, realmente, um feriado nacional incorporado no calendário, há espaço para um ajuste nos preços de toda a curva de juros.

No encerramento do pregão, o DI de julho de 2007 teve 214 mil negócios e terminou em 12,32% ao ano, ante 12,31% de sexta-feira. Em seguida ficou o DI com vencimento em janeiro de 2009 – até então o mais negociado – 115 mil e taxa de 11,59% (11 62% de sexta). O DI para janeiro de 2010, terminou com 66 mil negócios e taxa de 11,53% ao ano (11,56% de sexta).

CDI

Segundo operadores, um Certificado de Depósito Interbancário (CDI) a menos no mês de maio representaria a redução no custo de carregamento, não só nos contratos com vencimento em junho, mas em toda a curva. E, de acordo com eles, o efeito Frei Galvão tem o mesmo impacto de um aumento de precificação de corte de juros maior pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima reunião.

Conforme um participante do mercado, se fosse desconsiderado o fato de o mercado estar operando o feriado, a curva de juros estaria projetando 50% de chance de o Copom reduzir a taxa Selic na próxima reunião em 0,25 ponto e 50% de possibilidade de a redução ser de 0,50 ponto.

Ocorre que, efetivamente, o mercado não trabalha com a chance de o comitê acelerar o ritmo de alívio monetário. "Então, na verdade, o mercado está prevendo nos contratos curtos 100% de chance de vir um corte de 0,25 ponto na Selic e 25% de oportunidade de ter um feriado que mudará a conta do CDI", explica o profissional. "Ou seja, o efeito Frei Galvão é equivalente a uma reunião do Copom sobre os preços", acrescenta.

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