O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu hoje que a taxa de juros no Brasil ainda é alta do ponto de vista dos padrões normais, "mas já está bem melhor e vai na trajetória correta". Segundo ele, as causas que mantinham as taxa altas estão sendo debeladas
"A inflação está sob controle, a taxa de vulnerabilidade é uma das menores dos últimos anos e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano será de 4% a 4,5%", afirmou o ministro. Indagado se o juro pode cair ainda mais, Mantega respondeu que sim, "pode cair mais"
O Comitê de Política Monetária do Banco Central reduziu ontem à noite o juro básico da economia brasileira para 14,75% ao ano (o corte foi de 0,50 ponto porcentual). É o menor nível nominal dos juros no País dos últimos 31 anos. Mas a taxa real (descontada a inflação) continua sendo a maior do mundo, em torno de 10% ao ano
As declarações do ministro foram dadas pouco antes de uma reunião com os ministros da área econômica e os presidentes do bancos centrais dos países do Mercosul. Mantega está em Córdoba, na Argentina, para a Cúpula do Mercosul
O ministro defendeu um acordo pré-Maastrich para o bloco do Mercosul. Neste sentido ele disse que o Mercosul precisa de homogeneização de políticas macroeconômicas como ocorre com a União Européia. No entanto, Mantega destacou as dificuldades em torno dessa uniformidade e disse que é preciso ouvir a Venezuela o novo sócio do Mercosul