José Janene arrola Aldo, Dirceu e Delúbio como testemunhas

O deputado José Janene (PP-PR), processado no Conselho de Ética da Câmara por suspeita de envolvimento no "mensalão", encaminhou sua defesa por escrito na última sexta-feira (20) e arrolou como testemunhas em seu favor, entre outros, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o deputado cassado José Dirceu (PT-SP) e o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares, responsável, com o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, pelo esquema de repasses ilegais a partidos e políticos, ao longo de 2003 e 2004

Janene, que foi líder da bancada do PP, está licenciado e fez uma longa explanação sobre a gravidade da doença cardíaca que faz com que seu "coração trabalhe com menos de 30% de sua capacidade". O deputado pede que o processo seja suspenso e retomado somente depois que ele se recupere do tratamento experimental a que se submete, com células-tronco

O caso de Janene é semelhante ao do presidente do PP, Pedro Corrêa (PE), que teve hoje a cassação recomendada pelo relator Carlos Sampaio (PSDB-SP). O PP recebeu R$ 4,1 milhões do caixa 2 de Marcos Valério. Os dirigentes, no entanto, reconhecem apenas o recebimento de R$ 700 mil, usados para pagar o advogado Paulo Goyaz, responsável pela defesa do deputado cassado Ronivon Santiago (AC). Na defesa, Janene diz que a executiva nacional do PT "pretendia o apoio do PP nas eleições municipais", apesar dos conflitos entre os dois partidos no Acre. O deputado licenciado informa que "a representação nacional do Partido dos Trabalhadores se comprometeu a efetuar o pagamento dos honorários do advogado Paulo Goyaz (…)". A relatora do processo de Janene é a deputada petista Ângela Guadagnin (SP).

Voltar ao topo