Japonenes visitam Embrapa Soja para definir projetos cooperativos futuros

A chefe geral da Embrapa Soja, Vania Castiglioni, recebe a visita amanhã e depois (dias 8 e 9 de novembro), em Londrina (PR), do diretor do centro internacional de pesquisa agrícola do Japão (JIRCAS), Shuichi Oshio, e do coordenador de cooperação internacional do JIRCAS, Kazuhiro Suenaga para discutir detalhes do novo acordo de cooperação técnica que será colocado em prática, entre 2006 a 2010 e também para avaliar os resultados de projetos já em andamento como o de desenvolvimento de soja tolerante à seca e de ferrugem da soja.

A parceria, que já dura 7 anos, vai testar, nesta safra, as primeiras plantas geneticamente modificadas tolerantes à seca, em casas de vegetação. ?Vamos multiplicar mais sementes dessas plantas e compará-las com plantas de soja convencional submetidas às mesmas condições de falta d´água?, explica o pesquisador da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno.

No ano passado, as instituições passaram a introduzir o gene DREB ? isolado da planta Arabidopsis thaliana – que confere tolerância à seca em plantas de soja. Esse gene ativa outros genes de defesa que aumentam a capacidade da planta em suportar a falta de água por mais tempo e potencializam os sistemas naturais de defesa.

De acordo com Nepomuceno, a falta de chuva é mais prejudicial nas fases de floração e de enchimento dos grãos. A soja leva de cinco a seis dias para reagir à escassez de água e começar a perder em produtividade. ?Com a cultivar transgência, o objetivo é prolongar este tempo retardando a desestruturação celular e permitindo que o tempo de espera pela chuva seja maior?, explica.

Além de debater os resultados dos projetos em andamento, os representantes do JIRCAS e da Embrapa Soja vão discutir projetos futuros como: estudos de resistência genética para a ferrugem asiática da soja; seqüenciamento do genoma da soja, outras pesquisas com gene DREB, entre outros projetos.

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