Iraque realiza conferência internacional sobre violência

Diplomatas de várias partes do mundo se reúnem a partir de amanhã em Bagdá para tratar da violência no Iraque. Participam da conferência diplomatas e representantes dos países vizinhos (Irã, Arábia Saudita, Síria e Kuwait), membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China), além de integrantes da Liga Árabe. "Não queremos declarações de solidariedade, mas sim ações", disse o chanceler do Iraque, Hoshiyar Zebari.

Pela primeira vez desde o início da guerra, EUA, Irã e Síria estarão sentados na mesma mesa de discussão. Até então, os americanos se recusavam a discutir com Damasco e Teerã, por acusá-los de fomentar o conflito iraquiano.

O encontro acontece na sede do Ministério do Exterior, que fica ao lado da Zona Verde, no centro da capital. Para mostrar que Bagdá está segura ao ponto de receber autoridades internacionais o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, percorreu hoje as ruas da cidade. Durante quatro horas, ele visitou postos de controle, cumprimentou policiais e conversou com civis. "A conferência é uma prova que a situação de Bagdá está voltando ao normal e que o processo político está forte e estável", disse Maliki.

Um grupo armado invadiu hoje um delegacia em Hibhib, a 80 quilômetros de Bagdá, matou um policial e seqüestrou outros dez. A milícia Estado Islâmico do Iraque, ligada à Al-Qaeda, assumiu a autoria do atentado. Na semana passada, o mesmo grupo capturou e matou 14 policiais em Diyala. O governo informou que o líder da milícia, Abu al-Baghdadi, teria sido preso hoje.

A rede de tevê árabe Al-Jazira divulgou hoje que o juiz que condenou o ex-ditador Saddam Hussein à morte, o curdo Raouf Abdel-Rahman, fugiu do Iraque com a família e pediu asilo político na Grã-Bretanha.

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