IPC-S tem a menor variação em 12 meses

Rio – A forte desaceleração nos preços dos alimentos (de 0,59% para 0,07%) levou o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S), que subiu 0,45% na primeira semana de fevereiro, ante 0,65% na semana anterior – ao resultado mais baixo em 12 semanas, e no piso das expectativas do mercado financeiro. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o indicador também foi beneficiado pela perda de fôlego nos reajustes em mensalidades escolares, historicamente realizados em janeiro.

Para o economista da FGV, André Braz, as próximas apurações do IPC-S em fevereiro devem ficar próximas a anunciada hoje. Ele não descartou a possibilidade de que os preços dos alimentos continuem a subir menos este mês e ressaltou que esse tipo de produto foi mesmo a principal razão para o IPC-S menor. "Cerca de 70% da desaceleração da taxa foi originada do grupo alimentação", explicou.

De acordo com Braz, as desacelerações de preços mais significativas no setor de alimentos se concentraram em sete segmentos. São eles: arroz e feijão (de 2,87% para 1,11%); hortaliças (de -0,54% para -2,27%); frutas (de 5,58% para 4 18%); aves e ovos (de -2,41% para -3,35%); carnes bovinas (de -2 47% para -3,12%); carnes suínas (de -1,76% para -2,80%) e óleos e gorduras (de 0,62% para 0,42%). "Esses sete itens representam 45% das despesas das famílias com gêneros alimentícios, e cerca de 10% a 11% das despesas total familiar", acrescentou o economista.

Álcool

As conversações entre governo e usineiros sobre o preço do álcool, no início de janeiro, estão começando a surtir efeito junto ao consumidor. Segundo Braz, pela primeira vez, desde o início de dezembro, o preço do álcool combustível no varejo registrou desaceleração, no âmbito IPC-S. O preço do produto subiu 9,06% no indicador de até 7 de fevereiro, ante alta de 10 23% apurada na semana anterior, de até 31 de janeiro.

"Acho que alguma coisa boa surgiu nessa conversa, porque é a primeira vez que assistimos uma desaceleração desde dezembro. Esperamos que essa desaceleração continue ao longo do mês", disse o economista.

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