IPC-S sobe menos por conta de mensalidades escolares

O menor impacto, na inflação, dos aumentos nos preços das mensalidades escolares, realizados em janeiro, conduziu à taxa menor do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) de até o último dia 15, que subiu 0,54%, ante alta de 0,72% no indicador anterior, de até 7 de fevereiro. A informação é do economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz. Segundo ele, a menor influência dos reajustes nas mensalidades fez com que a taxa de elevação de cursos formais desacelerasse (de 3,25% para 15,22%). Isso derrubou a alta nos preços do grupo Educação, Leitura e Recreação (de 1,71% para 0,84%).

Braz explicou que, como os reajustes nas mensalidades foram efetuados, em sua maioria, no primeiro mês do ano, o impacto das elevações na inflação já foi absorvida pelos indicadores de preços. "A tendência é que a taxa de cursos formais chegue a zero, até o final de fevereiro", disse.

Outro fator que também contribuiu para a taxa menor do IPC-S foi o comportamento dos preços do grupo Alimentação, que também desaceleraram (de 1,85% para 1,58%). Isso porque importantes alimentos processados estão com queda de preços, como aves e ovos (-0,73%); carnes bovinas (-1,86%) e arroz e feijão (-1 74%). O economista comentou que esses produtos ajudaram a equilibrar a alta expressiva nos preços de hortaliças e legumes (15,22%), dentro do grupo Alimentação.

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