Ipardes aponta inflação de 0,61% em março Curitiba

A inflação em Curitiba no mês de março, calculada pelo Ipardes, foi de 0,61%, maior índice registrado desde novembro de 2006, que havia sido de 0,68%. Em fevereiro deste ano, o índice foi de 0,24%. A alta ocorrida de fevereiro para março também foi notada no ano passado, quando o índice de fevereiro foi de 0,15% e passou para 0,53% em março. O acumulado do ano está em 1,01%, e dos últimos 12 meses (de abril de 2006 a março de 2007) em 3,90%.

Para o cálculo da inflação, o Ipardes coleta, mensalmente, cerca de 60 mil preços de produtos consumidos por famílias que possuem renda mensal que varia de 1 a 40 salários mínimos, ou seja, que ganham de R$ 350,00 a R$ 14.000,00.

Individualmente, os itens que mais contribuíram para a alta da inflação em março foram: automóvel usado (1,24%) e zero quilômetro (1,89%) e plano de saúde (2,93%).

Os itens que tiveram queda e, desta forma, impediram uma alta ainda maior foram: excursão turística (-16,77%), refeição feita fora de casa (-2,31%) e álcool combustível (-3,58%). O supervisor do Projeto IPC do Ipardes, Luis Sergio França, informa que o item excursão turística teve a maior contribuição entre todos os pesquisados pelo IPC. Este item pertence ao grupo Despesas Pessoais que apresentou queda de -0,29%.

A influência no índice calculada por grupos, indicou que Alimentos e Bebidas ficou em primeiro lugar com alta de 1,08%, sendo responsável por um terço do resultado do índice. Entre os itens que mais se destacaram com alta de preços estão: tomate (30,13%), batata-inglesa (17,21%) e ovo de galinha (16,81%).

O grupo que ficou em segundo lugar em influência no índice geral, com alta de 1,65%, foi o de Saúde e Cuidados Pessoais, no qual os itens que mais se destacaram, além do plano de saúde, foram: medicamentos (2,59%) e tratamento dentário (2,73%). Dentre os medicamentos, chamou a atenção: antiinfecciosos/antibióticos e antiinflamatórios, que aumentaram 5,27% e 3,51%, respectivamente.

A coordenadora do projeto IPC do Ipardes, Maria Luiza de Castro Veloso, observou que a alta no preço do plano de saúde é explicada pelo término da promoção feita por uma das prestadoras pesquisadas. Ela também ressaltou que o aumento no preço dos medicamentos ainda não reflete o reajuste anunciado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, que autorizou alta nacional média de 3,97% a partir do dia 31 de março.

O grupo Vestuário foi o que apresentou a maior alta, sendo o terceiro a influenciar a inflação de março. Com alta de 2,23% e revertendo a queda ocorrida em fevereiro (-2,22%), este grupo apresentou como principais contribuições os seguintes itens: sapato feminino (11,27%), blusa e camiseta infantis (10,93%) e calça comprida masculina (3,41%). Este cenário mostra, como ocorre todo ano, o fim das liquidações de final de verão, com a entrada da nova coleção outono-inverno, já nas vitrines das lojas.

A habitação teve aumento de 0,42%, sendo que alguns contratos de aluguel com reajuste previsto para março tiveram alta de 0,72%, em média.

Os preços dos Artigos de Residência apresentaram variação positiva de 0,21%. Os itens que mais influenciaram no resultado foram: móvel para sala ? estantes (9,48%) e móvel para copa e cozinha (-4,03%).

O grupo Transporte e Comunicação apresentou alta de 0,18%. Os principais destaques foram: com alta de preços, automóvel de passeio e utilitário usado (1,24%) e automóvel de passeio nacional zero km (1,89%) e, com queda, álcool combustível (-3,58%), conserto de veículos (-2,22%) e gasolina (-1,53%).

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