Investimentos na economia têm maior nível trimestral desde 1997

Rio de Janeiro – A economista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Maria Laura Muanis avalia que a queda na Selic (a taxa básica de juros da economia) e o aumento de crédito a pessoas jurídicas foram os principais responsáveis pelo aumento dos investimentos na economia brasileira no segundo trismestre do ano.

Dados apresentados nesta quinta-feira (28) pela entidade mostram que, no período, os investimentos atingiram o maior patamar desde 1997. Entre abril e junho, eles somaram R$ 102,2 bilhões, o que representa 20,1% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas produzidas por um país).

?É um efeito positivo, porque quanto mais investimentos tivermos agora, mais retorno vamos ter no futuro?, avaliou Muanis.

Por outro lado, a taxa de poupança teve queda se comparada ao segundo trimestre do ano passado, ficando em 23,2% do PIB. Em 2005, o resultado havia sido de 23,9%. 

Segundo a economista, o desempenho pode explicado pelo aumento do consumo total, tanto das famílias como do governo. No segundo trimestre de 2006, as famílias gastaram R$ 282,3 bilhões e o governo R$ 94,2 bilhões.

?A poupança é um resíduo do consumo no total da renda. Quando o consumo aumenta, a poupança sofre redução?.

Na análise da oferta, a agropecuária foi o único setor a apresentar queda no período, totalizando R$ 37,9 bilhões. Em 2005, o acúmulo em igual período foi de R$ 41,2 bilhões.

?O trimestre não foi muito bom para a agropecuária em volume produzido, mas principalmente pela queda dos preços. Essa combinação levou a uma redução de seus valores?, destacou Muanis.

Os demais componentes do PIB tiveram resultados superiores na comparação com igual período de 2005. A indústria totalizou R$ 184,5 bilhões em 2006 frente R$ 170,8 bilhões em 2005; e serviços registraram R$ 252,9 bilhões frente aos R$ 239,2 registrados no ano passado.

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