Investimento externo deve contribuir para alta do PIB

O aumento de 38,54% no ingresso de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) nos dois primeiros meses de 2007 (US$ 3,790 bilhões), em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 2,329 bilhões), pode contribuir para um crescimento maior do PIB. "O dado positivo de que o investimento estrangeiro está se recuperando fortalece a perspectiva de que o Brasil vai crescer mais neste ano", afirma o professor do Departamento de Economia da PUC-SP Antônio Correa de Lacerda.

O chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central (BC), Altamir Lopes, informou hoje que o resultado dos investimentos estrangeiros diretos (IED) em fevereiro foi o melhor para o mês desde 2000.

O professor Lacerda projeta que os investimentos estrangeiros atinjam ao final de 2007 US$ 22 bilhões. No acumulado dos últimos 12 meses o indicador está em US$ 20,243 bilhões, ou 2 10% do PIB. Segundo ele, o IED será puxado em 2007 pelos setores de infra-estrutura e construção civil, em virtude do Programa de Aceleração do crescimento (PAC), biocombustíveis e mineração.

Lacerda salienta ainda que a revisão do PIB, que elevou a taxa de crescimento nos últimos anos, contribui para o quadro de aumento do IED. "Com uma metodologia mais fiel à economia melhora o quadro das oportunidades, favorecendo os investimentos", explica.

Para o economista da MB Associados Sérgio Vale, a perspectiva de crescimento de IED continua positiva para esse ano. "Os investimentos estrangeiros diretos tendem a melhorar pela percepção de longo prazo do País ser melhor do que se tinha antes e a revisão do PIB ajuda nesse sentido", ressalta, acrescentando que a tendência é de que não só capitais de curto prazo entrem no País, mas também de longo prazo. A projeção de Vale para o IED no final do ano é de US$ 16 bilhões.

Segundo o economista-chefe do banco WestLB no Brasil, Roberto Padovani, o resultado divulgado hoje confirma a tendência de um aumento de IED em 2007. "Os números em geral mostram que os investimentos continuam firmes." Padovani projeta que o indicador deve fechar o ano em US$ 20,7 bilhões, ante US$ 18,7 bilhões do ano passado.

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