Investigações se restringem ao esclarecimento dos fatos, afirma procurador

O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, afirmou que a investigação sobre suposto esquema de pagamento de mesadas a parlamentares diz respeito apenas ao esclarecimento dos fatos. E não quis falar sobre a afirmação de que ele teria negado o pedido da Polícia Federal para fazer o rastreamento das contas do publicitário Duda Mendonça no exterior.

"Como o inquérito está submetido a sigilo, não comento nenhum aspecto da manifestação", afirmou.

O procurador-geral disse ainda que o sistema de investigação do Estado não é circunscrito à atividade policial. "O Ministério Público, a Receita Federal, o Banco Central, as Comissões Parlamentares também investigam", pontua. "Estamos com o objetivo de esclarecer os fatos usando todos os recursos disponíveis, inclusive do poder de investigação do próprio Ministério Público."

Na opinião de Antonio Fernando Souza, uma investigação deve ser feita com discrição. "Nós estamos numa fase ainda que não estamos só apurando resultados, estamos atrás de elementos de prova", afirmou. Ele disse, contudo, que as investigações não serão definitivamente sigilosas.

O procurador considerou o indiciamento uma ação inócua. Para ele, o Ministério Público não depende de indiciamentos feitos pela Polícia Federal. "O Ministério Público faz o seu juízo à luz de todos os elementos existentes nos autos. O indiciamento, ao meu modo de ver, é absolutamente desnecessário para justificar a opinião do Ministério Público. É inócua", afirmou.

As declarações do procurador-geral da República foram feitas durante assinatura de acordo de cooperação entre o Brasil e a Colômbia.

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