Invasão foi deslealdade com PT, diz Marco Aurélio Garcia

O assessor para a assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, condenou hoje, severamente, a atitude de Bruno Maranhão, líder do Movimento para Libertação dos Sem-terra (MLST), por conta da violenta invasão que promoveu ontem à Câmara dos Deputados. Membro da Comissão Executiva do PT assim como Maranhão, Garcia mostrou-se favorável à convocação da comissão de ética do partido para examinar a atitude de Maranhão e declarou que a invasão foi um ato de deslealdade para com o PT.

"Não podemos ter nenhuma complacência. Este ato de vandalismo foi de deslealdade para com o partido", afirmou ele, pouco antes de sua exposição sobre a crise do Brasil com a Bolívia na Comissão de Relações Exteriores do Senado. "As cenas que vi na televisão na noite de ontem foram de vandalismo e agressão a funcionários públicos para os quais não há justificativa social e política", completou.

Garcia insistiu que qualquer tentativa de explicar o episódio é absurda porque não há possibilidades de tergiversação em um estado de direito. Ele recebeu as primeiras notícias sobre a invasão quando participava de reunião da comissão política do PT. "Não houve uma só voz contrária ao repúdio a esta atitude", afirmou.

Na próxima segunda-feira, a mesma comissão deverá se reunir novamente, mas Garcia informou que o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, pode adotar alguma medida contra Maranhão antes da reunião. Ele informou que qualquer militante do PT também pode pedir a convocação da Comissão de Ética para julgar o episódio.

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