Inflação medida pelo IPC-S cai para 0,31%

"Foi o quinto resultado consecutivo do IPC-S no patamar em torno de 0,30%. A âncora que segurou a inflação ao consumidor foi o grupo alimentação, cujos preços continuam em queda", explicou o economista André Braz. Ele comentou que ainda é muito cedo para saber se essa estabilidade vai se converter em tendência, mas considera provável que o próximo IPC-S também se posicione também na faixa dos 0,30%.

Dos sete grupos que compõem o indicador, dois apresentaram alta de preços; dois tiveram taxas idênticas às apuradas no índice anterior, e três caíram. Os grupos em alta foram Habitação (de 0,53% para 0,60%) e Despesas Diversas (de 0,71% para 0,86%). "O reajuste de telefonia fixa, em vigor desde o dia 1º de novembro, elevou a taxa do grupo habitação, cujos preços tiveram o maior impacto na formação do IPC-S", explicou Braz, acrescentando que a alta de preço do gás de butijão (2,71%) também contribuiu para isso.

O período de coleta de preços do IPC-S divulgado hoje (06) não leva em conta o reajuste mais recente nos preços dos combustíveis, anunciado em 25 de novembro pela Petrobrás.

Houve queda de preços no grupo alimentação (-0,55%), em ritmo idêntico à apuração anterior, mesmo comportamento de educação, leitura e recreação (alta de 0,17%). Mais uma vez, o recuo de preços no segmento hortaliças e legumes (-8,31%) beneficiou o comportamento da inflação nos alimentos. Braz comenta que essa continuidade na queda dos alimentos, causada por clima favorável e conseqüente boa oferta de produtos, é surpreendente, já que nessa época do ano os aumentos de preço são freqüentes.

Os grupos que apresentaram recuo de preços foram Vestuário (de 0,97% para 0,62%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,24% para 0,16%) e Transportes (de 1,65% para 1,42%).

A fundação também divulgou hoje o Índice de Preço ao Consumidor da cidade do Rio de Janeiro (IPC-RJ), que subiu para 0,21% em novembro, ante 0,10% em outubro, puxado pelas elevações no mesmo período, dos preços nos grupos Habitação (de 0,23% para 0,51%) e Transportes (de 0,34% para 0,91%).

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