A produção industrial do Paraná cresceu em junho 15,9% em relação ao mesmo mês de 2004, segundo levantamento divulgado, nesta quarta-feira, pelo IBGE. Foi o trigésimo primeiro resultado positivo consecutivo neste tipo de confronto. Com os números de junho, o Paraná fechou o semestre com crescimento de 8% e ficou com a segunda maior alta do país e, no acumulado nos últimos 12 meses, com 10,5%.
O resultado do semestre no Paraná foi superado apenas pelo do Amazonas (20,2%) e ficou bem acima da média nacional (5%). De acordo com a pesquisa, o desempenho do Paraná durante os primeiros seis meses de 2005 está associado principalmente ao setor de veículos (35,5%), seguido por refino de petróleo e produção de álcool (25,5%).
Na avaliação do secretário da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, o aumento da produção industrial paranaense decorre também em grande parte da política de incentivos fiscais adotada pelo governador Roberto Requião, que favorece desde as micro e pequenas empresas até as de maior porte.
?Este é o reflexo do dinamismo das exportações, da forte presença da produção de bens duráveis e de bens de capital nas estruturas produtivas e pela manutenção da oferta de crédito?, afirma Moreira Filho. Ele lembra também que energia elétrica com menor custo e missões comerciais têm colaborado com o crescimento da indústria do Paraná.
Junho
Na comparação com junho de 2004, oito das 14 atividades pesquisadas no Paraná apresentaram desempenho favorável. O resultado de 15,9% foi influenciado principalmente pelo aumento atípico observado em refino de petróleo e produção de álcool (513,5%), conseqüência de uma baixa base de comparação em 2004. Em maio e junho do ano passado, para ampliar o seu parque produtivo, a empresa do setor Repar paralisou parte da produção.
Na comparação trimestral, o IBGE observou crescimento de 11,1%, indicando aumento no ritmo produtivo, após a desaceleração apresentada na passagem do último trimestre de 2004 (12,4%) para o primeiro trimestre deste ano (4,8%). A principal responsável por esse movimento ao longo de 2005 foi a atividade de refino de petróleo e produção de álcool (de -8,8% para 83,5%).
Brasil
Os indicadores regionais da produção industrial mostraram expansão em 13 dos 14 locais pesquisados, no fechamento do primeiro semestre de 2005, frente ao mesmo período de 2004.
Com aumento superior aos 5,0% registrado no total do País, situaram-se as indústrias do Amazonas (20,2%), Paraná (8,0%), Minas Gerais (7,7%), Goiás (6,9%), Santa Catarina (6,5%), São Paulo (6,3%), Ceará (6,1%) e Pará (5,2%).
Também com aumento no nível de produção, porém abaixo da média nacional, encontraram-se: região Nordeste (4,6%), Espírito Santo (3,2%), Bahia (2,3%) , Pernambuco (1,9%) e Rio de Janeiro (1,3%).
Apenas o Rio Grande do Sul (-3,1%) assinalou resultado negativo neste tipo de confronto, com a principal pressão concentrada em máquinas e equipamentos, por conta do cenário desfavorável, deste início de ano, para o setor agrícola.