Indústria cobra projetos que elevam produção local de gás

O setor industrial voltou a cobrar do governo brasileiro e da Petrobras rapidez no desenvolvimento dos projetos para expansão da produção de gás natural no País. Entre as medidas que podem reduzir a dependência brasileira do gás da Bolívia estão a construção de uma estação para transformar gás natural importado em estado líquido para o estado original numa unidade no Rio de Janeiro e a produção do Campo de Mexilhão, localizado na Bacia de Santos.

"Só isso pode nos dar tranqüilidade em relação à situação política da Bolívia", disse Saturnino Sérgio da Silva, diretor do Departamento de Infra-Estrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Deinfra/Fiesp). Segundo ele, a indústria está preocupada, mas não está "desesperada". Isso porque, na avaliação da Fiesp, há mais razões para a Bolívia manter o abastecimento de gás para o Brasil do que o contrário.

A Associação Nacional dos Fabricantes das Cerâmicas de Revestimento (Anfacer), setor que representa o conjunto de indústrias responsáveis pelo consumo de 10% do gás natural importado da Bolívia, voltou a lamentar ontem a enorme dependência do combustível importado daquele país e cobra medidas que acelerem a oferta nacional do produto. "Qualquer movimento na Bolívia deixa o nosso setor fragilizado. A indústria cerâmica está permanentemente sob tensão", afirma Antonio Carlos Kieling, diretor-superintendente da Anfacer.

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