Identidade comum

O deputado federal paranaense Florisvaldo Fier (PT), secretário-geral da Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul, revelou que está bastante adiantado o acordo selado pelos presidentes do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, países fundadores do Mercado Comum do Sul, com vistas à instalação do Parlamento do Mercosul.

Conforme o Protocolo de Ouro Preto, a data-limite para a assinatura do acordo estende-se até o final de 2006, mas o parlamentar afirma que tudo está pronto para a ocorrência do ato formal ainda este ano.

A implantação do Parlamento do Mercosul, numa fase em que o próprio tratado bilateral passa por um período de turbulências internas, é considerado pelos proponentes como um passo fundamental no processo de consolidação da aliança comercial e aduaneira dos quatro países.

O recente abalo nas relações diplomáticas e comerciais de Brasil e Argentina, fruto das assimetrias persistentes nas economias regionais, constitui marca registrada da freqüente instabilidade que ameaça o futuro do tratado.

É histórica a preocupação de políticos e intelectuais sul-americanos, especialmente no bloco formador do Mercosul, no sentido do fortalecimento da identidade comum dos povos que habitam os países do subcontinente.

Ademais, o esforço propugnado, além de nova cultura política e integração de forças econômicas e valores culturais, pretende estimular o surgimento duma coalizão em condições de ombrear-se com os mercados hegemônicos. Como dizia o poeta Fernando Pessoa, tudo vale a pena se a alma não é pequena.

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