O atraso no repasse do aumento do salário mínimo para os trabalhadores informais (sem carteira assinada) elevou significativamente o número de sub-remunerados(que recebem, por hora, menos que o salário mínimo/hora) nas seis regiões metropolitanas do País.
Esse grupo, que respondia por 15,8% da população ocupada (total de 20,5 milhões) nas seis regiões, em março, subiu para 20,4% em abril. Ou seja, cerca de 4 milhões de trabalhadores nas seis regiões eram sub-remunerados.
O gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo, disse que esse aumento da participação dos sub-remunerados é sazonal e sempre ocorre no mês de aumento do salário mínimo, reduzindo gradativamente nos meses seguintes, quando ocorre o repasse para os informais.
No entanto, ele acredita que o aumento da atividade econômica deveria ter reduzido o que chama de atraso no repasse. "Num cenário em que parece que tudo vai bem na economia, ainda há um grande número de pessoas abaixo da linha de sub-remuneração", afirmou.
No ano passado, o fenômeno também havia ocorrido e os sub-remunerados tinham passado de 12,8% dos ocupados em março para 21% em abril.