Holanda tenta esquecer derrotas de 1974 e 1978

Staff/AFP

A Holanda conquistou na terça-feira à noite ao derrotar o Uruguai (3-2) o direito de disputar a terceira final de Copa do Mundo em sua história depois das perdidas em 1974 e 1978.

Duas derrotas e dois traumas para um povo que tem entaladas na garganta as derrotas consideradas “injustas”, respectivamente para a Alemanha (1-2) em 1974 e para a Argentina (1-3) em 1978, as duas contra o país organizador.

A ‘Laranja Mecânica’ de 1974, liderada por Johan Cruyff e pelo treinador Rinus Michels, inventou o “futebol total” –com todos atacando e defendendo– e passou por cima dos adversários até chegar à final, dando lições à Argentina (4-0 nas oitavas de final) e ao Brasil (2-0 nas quartas) antes de parar na RFA em Munique.

Apesar de um gol de Johan Neeskens no primeiro minuto de jogo, os holandeses perderam por 2-1 para o realismo de Paul Breitner e Gerd Müller.

Em 1978 na Argentina, a equipe laranja treinada por Ernst Happel foi à Copa como favorita, mesmo sem seu astro Johan Cruyff, traumatizado por uma tentativa de sequestro. Mas foram derrotados novamente na final, após a prorrogação (3-1) para uma Alvicelste empurrada por seus fanáticos torcedores no Estádio Monumental de Buenos Aires.

No domingo em Johannesburgo, os jogadores de Bert van Marwijk terão a oportunidade de fazer história, colocando na sala de troféus da Real Associação de Futebol do país um título mundial ao lado da taça europeia de 1988, conquistada pela geração Van Basten-Gullit-Rijkaard.