O deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), candidato oficial do partido à presidência da Câmara, afirmou hoje (29) que é contrário a qualquer punição ao colega de bancada Virgílio Guimarães, que disputa o cargo na condição de avulso, contrariando decisão do partido. O deputado disse que a questão deve ser entregue à direção do PT, mas defendeu "o diálogo, o convencimento e a reflexão".
"Sou contra qualquer tipo de punição, sou a favor da conversa", declarou. Ele criticou, no entanto, a aliança de Virgílio com o peemedebista Anthony Garotinho, em busca de votos no PMDB. Greenhalgh considerou "perigoso" para a candidatura de Virgílio a aliança com Garotinho, que considerou como "o maior adversário do governo Lula" atualmente. Para o deputado, Garotinho usa o apoio a Virgílio "nesse instrumento de fortalecer a oposição ao governo".
Greenhalgh comentou a existência de candidatos avulsos em momentos anteriores da disputa pela presidência. "É verdade que o PT, em alguns momentos, lançou candidaturas avulsas à presidência da Câmara, mas as lançou por uma decisão de bancada" declarou o deputado, que participou da abertura do 5º Fórum Parlamentar Mundial hoje, em Porto Alegre (RS), um evento paralelo ao Fórum Social Mundial. "Uma coisa é a candidatura avulsa por uma posição política, coletiva, da bancada", afirmou. "Outra coisa é candidatura avulsa de si próprio", comparou Greenhalgh.
O parlamentar teve um encontro com o governador gaúcho, Germano Rigotto (PMDB), e conversará à tarde com o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PPS), como parte de sua campanha em busca de votos para a eleição na Câmara, no dia 14 de fevereiro. Ele também terá um jantar com a bancada federal gaúcha.
Sem citar números, Greenhalgh disse que sua contabilidade de votos é "extremamente favorável". O deputado também enfatizou o respeito ao critério de proporcionalidade adotado pelo parlamento em todas as suas deliberações.