Governo vai corrigir distorções na remuneração dos servidores do ensino superior

As distorções na remuneração dos servidores das Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) serão corrigidas pelo governo do Paraná. Desde o início deste mês, um grupo de trabalho tem se reunido para elaborar um projeto que regularize e padronize tabelas de vencimento, cálculos de gratificações, enquadramento de funcionários e cargos em comissão.

A ?regularização? e a ?padronização? são medidas necessárias e prioritárias antes de se aplicar qualquer reajuste salarial a professores, técnicos e demais servidores da IEES. Do contrário, as distorções só se acentuariam, conforme explica a secretária de Estado da Administração e da Previdência (Seap), Maria Marta Lunardon.

?Não é questão só de aumento, o que precisamos é ?acertar?, ?ajeitar?, ?arrumar? uma situação antiga. Temos que ter em vista também o futuro. É responsabilidade da Seap garantir que, quando o servidor for se aposentar, ele tenha seus proventos calculados de forma correta, daí a necessidade de reestruturações?, observa Maria Marta.

O que vem sendo feito

Nas últimas duas semanas, o grupo de trabalho se reuniu seis vezes. Técnicos do Departamento de Recursos Humanos (DRH) da Seap, da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), das próprias universidades e faculdades e reitores, acompanhados por conselheiros do Tribunal de Contas e procuradores do Ministério Público Estadual, elaboraram um esboço de uma proposta com novos critérios para a remuneração dos professores das IEES.

A proposta, antes de virar projeto de lei e ir para a Assembléia Legislativa, deverá ser encaminhada ao governador Roberto Requião e apresentada às secretarias da Fazenda e do Planejamento e Coordenação Geral. ?É preciso discutir bem com a equipe de governo?, salienta Maria Marta Lunardon.

Abono para os técnicos

Após a definição das novas regras de remuneração dos docentes das IEES, o grupo de trabalho parte para a elaboração de um plano de carreira para os funcionários técnico-administrativos, a regularização dos cargos em comissão e a revisão dos cálculos de gratificações e outros benefícios.

Maria Marta lembra que, em dezembro do ano passado, foi instituído um abono mensal de R$ 300 aos servidores técnico-administrativos de universidades e faculdades estaduais. O objetivo foi o de melhorar a remuneração, defasada havia mais de oito anos. Estão sendo contemplados 8,7 mil funcionários da ativa e 574 aposentados.

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