O Ministério da Saúde recebeu na quinta-feira o primeiro carregamento de produtos derivados do sangue que foram preparados por laboratórios estrangeiros com matéria-prima brasileira e, por isso, custarão US$ 40 milhões a menos ao governo.
Os produtos, utilizados no tratamento de doenças como hemofilia, câncer, aids e hepatite, são tradicionalmente importados pelo Brasil com um custo de US$ 150 milhões por ano.
Para reduzir estes gastos, o governo começou a construir em 2001 um laboratório especializado no tratamento de plasma humano para a preparação de hemoderivados. Como este processo levará cerca de três anos, o Ministério da Saúde fez uma licitação para que laboratórios estrangeiros utilizassem o plasma disponível nos hospitais do país durante este período e revendessem o produto pronto para o Brasil por um preço mais baixo.
Os laboratórios que farão o tratamento do plasma brasileiro são o francês LFB e o suíço Octopharma. A gerente da Anvisa lembrou que o custo para a construção do novo laboratório será de US$ 50 milhões. (AG)