Governo autoriza licitação para a reforma do Hospital Oswaldo Cruz

As obras serão feitas na ala de
internamento, na cozinha, na lavanderia, no refeitório e no prédio da
administração. A ala, que hoje conta 20 leitos, passará a ter 60, sendo dois
leitos de enfermaria com câmara negativa para doentes com tuberculose (para
isolar o bacilo que causa essa doença). Aproximadamente 3.500 soropositivos
estão cadastrados e procuram atendimento periodicamente no Hospital Oswaldo
Cruz. Para o secretário Cláudio Xavier, ?as reformas melhorarão de forma
considerável o atendimento e humanizarão o tratamento dos usuários do Sistema
Único da Saúde (SUS). O objetivo é oferecer a melhor qualidade de tratamento aos
usuários do SUS?.

?Com a reforma, vamos atualizar o hospital nas
tecnologias mais avançadas de engenharia e da área médica?, observa o diretor do
Oswaldo Cruz, Roberto Hoffman. ?A câmara negativa de tuberculose vai permitir
que o paciente receba visitas e o atendente trate o paciente com tranqüilidade e
sem medo. Com isso, o paciente se sentirá mais protegido?, explica. O Hospital
Oswaldo Cruz foi fundado em 28 de janeiro de 1928 e nele foi atendido o primeiro
caso de aids no Paraná, em 1984.

O hospital não dá atendimento só aos
pacientes, mas também às suas famílias. Os pacientes e seus familiares recebem
atendimento psiquiátrico, com consultas regulares, além de atendimento
fisioterápico e de assistência social, com medicamentos e cestas básicas, e
encaminhamento para aposentadoria e pensões para as viúvas. ?Isso gera um volume
enorme de eventos em torno de um paciente?, observa Roberto Hoffman. E dá em
média três mil procedimentos mensais nas áreas de Psicologia, Serviço Social e
Fisioterapia.

Existe, ainda, projeto de criação de um ambulatório e
unidade materna infantil para soropositivos, assim como farmácia e radiologia
ambulatoriais e laboratório para doentes com tuberculose. O diretor do hospital
diz que o objetivo é ?centralizar e facilitar o tratamento do doente
soropositivo no Estado?. O novo ambulatório será construído nas dependências do
antigo Laboratório Central do Paraná (Lacen) e deverá ter o seu projeto pronto
ainda este ano.

Os doentes de aids e de tuberculose também recebem
tratamento no Hospital do Trabalhador (HT). Em setembro do ano passado foram
inauguradas as novas instalações da unidade de Infectologia do HT, nas quais
foram investidos R$ 200 mil em infra-estrutura e outros R$ 25 mil no novo
mobiliário. A ala oferece 17 leitos, numa área de 300 metros quadrados.

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