O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, anunciou nesta segunda-feira (2) a revisão da meta de exportações para este ano de US$ 132 bilhões para US$ 135 bilhões. Segundo ele, o reajuste leva em conta que o desempenho do último trimestre do ano terá um ritmo levemente inferior ao terceiro trimestre. O ministro afirmou ainda que revisou de US$ 90 bilhões para US$ 91 bilhões a meta de importações para este ano. Quanto ao superávit comercial, Furlan cravou a meta em US$ 44 bilhões, valor praticamente igual ao registrado no ano passado. Até agora, o governo estimava que o superávit se situaria entre US$ 44 bilhões e US$ 45 bilhões, mas hoje o ministro considerou que o piso é mais possível de ser concretizado.
Na avaliação de Furlan, a revisão para cima da meta de exportações é resultado do desempenho muito dinâmico de alguns setores, como material de transportes, motores, caminhões pesados e automóveis. Na área agrícola, o ministro Furlan destacou o papel positivo desempenhado pelas vendas externas de café, açúcar e álcool, suco de laranja e alguns tipos de carnes. Furlan disse ainda que as exportações de petróleo serão US$ 4 bilhões superiores às registradas em 2005. Entre os setores menos influentes na balança, ele ressaltou o incremento das exportações da área de perfumaria e cosméticos que superaram 20% sobre o resultado do ano passado. "Há um conjunto de fatores que continua a dar um bom dinamismo às exportações", afirmou.
O ministro participa hoje de almoço com a diretoria da Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima), no centro de São Paulo.