Furlan diz que Lula tratou apenas de investimentos

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, confirmou hoje que participou de uma reunião, no Palácio do Planalto, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com representantes da Portugal Telecom. Na conversa estava também o ex-ministro das Comunicações Eunício de Oliveira.

Segundo Furlan, a conversa tratou apenas dos investimentos da empresa no Brasil, os números de sua expansão e os planos para o futuro. Essa foi, de acordo com o ministro, uma das muitas reuniões em que é chamado ao Planalto para discutir investimentos com empresários nacionais e estrangeiros.

O ministro disse que não há comprovação da denúncia do deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), feita na terça-feira no Conselho de Ética da Câmara, de que uma aproximação entre a Portugal Telecom e o presidente Lula, que teria sido articulada pelo então ministro da Casa Civil, José Dirceu, teve como conseqüência uma tentativa de obtenção de recursos do grupo português para o PT e o PTB.

"Não tenho percepção do envolvimento da empresa", respondeu, ao ser indagado sobre o potencial impacto da notícia na atração de novos investimentos. "É um caso que vai ficar esclarecido", salientou.

Ao falar durante seminário "O Brasil como uma Economia Competitiva", promovido pelo Council of the Americas, Furlan se mostrou otimista sobre as perspectivas do Brasil e alertou os investidores: "Quem apostar no Brasil, vai ser dar bem." Ele evitou falar da crise para os empresários, preferindo destacar avanços recentes do País.

Segundo Furlan, os números do PIB, relativos ao segundo trimestre, que devem ser anunciados em breve, "serão positivos". "Serão bons, em relação ao primeiro trimestre", observou.

O ministro se mostrou animado também em relação ao fluxo de investimentos estrangeiros que o País deve receber em 2005. A meta informal de seu ministério é de US$ 20 bilhões, sendo que, no primeiro semestre, ingressaram US$ 8,2 bilhões – um volume acima do mesmo período de 2004. "Não é um desafio intransponível", afirmou.

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