Furlan diz que Brasil pretende duplicar fluxo comercial com a Nigéria

O Brasil pretende duplicar o fluxo comercial com a Nigéria e para isso foi criado um comitê técnico bilateral para apresentar, em 60 dias, uma forma de viabilizar os entendimentos firmados em Brasília, durante encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Olusegun Obasanjo.

A informação foi dada, nesta quinta-feira, pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, que participou do fórum Oportunidades de negócios e investimentos na Nigéria, na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

De acordo com Furlan, os dois países têm carência de capital para investimento produtivo e entre as possibilidades de trocas está o intercâmbio de conhecimento tecnológico. O ministro lembrou que a utilização da capacidade industrial no Brasil chega a 80%, enquanto no país africano está abaixo de 50%.

"Uma das razões é a baixa oferta de energia elétrica", apontou, ao lembrar a possibilidade de o Brasil repassar sua experiência no setor ao parceiro comercial. Outras áreas de interesse passam pela produção de etanol e pela montagem de veículos, além do processamento industrial da mandioca.

No encontro, o presidente nigeriano anunciou que seu país é hoje o quarto exportador mundial de GLP (gás liquefeito de petróleo) e tem a meta de liderar o mercado em três anos. Ele defendeu que as negociações com o Brasil ocorram sem intermediários, ao comentar as várias áreas de interesse na ampliação das trocas comerciais.

A proposta apresentada ao governo brasileiro é a de que os acordos sejam firmados diretamente entre a Petrobras e a NNPC (Nigerian National Petroleum Corporation). No ano passado, o Brasil exportou US$ 505 milhões para a Nigéria, em produtos como açúcar, aço, aviões, derivados de petróleo, álcool etílico, veículos, papel e alumínio.

Voltar ao topo