Funcionários da Dataprev realizam paralisação parcial

Os 70 funcionários da Dataprev – Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social – no Paraná realizam, desde terça-feira (16), paralisação parcial dos trabalhos. Eles são responsáveis pelo processamento dos dados de aproximadamente 1,40 milhão de segurados da Previdência Social no estado.

O gerente estadual da Dataprev, Hélio Machado, informou que 17 funcionários estão de plantão para garantir o salvamento e a transmissão da base de dados. Segundo ele, isso quer dizer que as informações prestadas pelos segurados nos postos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para requerer benefícios, estão sendo salvas e armazenadas. Machado disse que a operacionalidade do sistema está garantida.

A Assessoria de Comunicação Social do INSS informou que o atendimento está normal em todas as agências do estado. De acordo com a assessoria, em algumas agências, houve queda no sistema, mas nada significativo.

O representante da Organização Local dos Trabalhadores da Dataprev, entidade que tem a mesma função de sindicato, Eduardo Nascimento, alertou, entretanto, que, se a greve, que já atinge 13 estados, se prolongar até o final do mês, a folha de pagamento dos aposentados, que recebem o benefício no início do mês de setembro, pode sofrer atraso.

Os trabalhadores da Dataprev alegam que, como responsáveis pelo processamento das informações que garantem o pagamento dos benefícios do INSS, precisam com urgência de investimentos em equipamentos, que há mais de dez anos não são trocados e estão obsoletos.

Em manifesto distribuído à população hoje em Curitiba, os trabalhadores reivindicam equipamentos mais modernos, que possam garantir a necessária agilidade e qualidade de atendimento aos 23 milhões de aposentados, pensionistas e segurados brasileiros.

Segundo o representante dos funcionários da Dataprev, fazem parte das negociações um reajuste salarial de 8,07%, relativo à reposição da inflação calculadas pelo índice do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), aumento real de 1,5% e a contratação de novos servidores.

Voltar ao topo