FMI prevê expansão de 4,25% na América Latina em 2007

O Fundo Monetário Internacional (FMI) subiu levemente a previsão de crescimento das economias da América Latina e do Caribe em 2007 de 4,2% para 4,25%. Para este ano, foi mantida a previsão de crescimento de 4,75%. As projeções estão no relatório "Panorama Econômico Regional" do FMI divulgado ontem na capital mexicana, confirmando que este é "o período trienal de expansão mais importante desde a década de 70".

O aumento previsto no Produto Interno Bruto (PIB) dos países da região se deve a "um maior crescimento do Brasil, México e a maioria dos países da América Central e do Caribe", destaca o documento. Mas a dependência comercial da região em relação aos Estados Unidos é um fator de risco, pois a projeção é de que a economia americana cresça modestos 2,6% em 2007 – para este ano a previsão é de 3,4%.

A perspectiva de recuo feita pelo FMI para o próximo ano está em consonância com um crescimento mundial mais moderado, uma provável queda no preço dos produtos básicos e porque o "processo de recuperação da região chegará a seu ponto de amadurecimento".

A instituição aponta ainda em seu relatório que o consumo privado tanto em 2006 quanto em 2007 representará mais de dois terços do crescimento econômico da região e no ano que vem o alto preço do petróleo beneficiará, principalmente, Colômbia, Equador, México, Trinidad e Tobago e Venezuela.

No Caribe, a recuperação será a resposta ao avanço da construção civil. As remessas para a América Central, que em 2005 representaram de 10% a 15% do PIB, "seguirão impulsionando o consumo privado" nessa área.

Com relação à inflação na América Latina, o FMI prevê que deve ficar em torno de 5,25% este ano, caindo em 2007 para 5% graças à "credibilidade" das políticas monetárias da maior parte da região.

Durante um seminário sobre as perspectivas para a economia mundial em Santiago, promovido pelo Banco Central do Chile, Markus Rodlauer, assessor sênior do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, explicou que o principal desafio para a região será conseguir um aumento sustentado do investimento e da produtividade, que continuam sendo inferiores aos das economias emergentes da Ásia e Europa.

"A expansão atual é uma oportunidade histórica para garantir ainda mais a estabilidade macroeconômica obtida", afirmou o funcionário, que mencionou a necessidade de promover a eqüidade, reduzir a pobreza e eliminar as barreiras institucionais ao crescimento.

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