Se ainda resta ao Corinthians uma ínfima chance de chegar à Libertadores de 2007, deve creditá-la a Marcelo. Com uma atuação inspirada, o goleiro compensou a expulsão de dois zagueiros ainda no primeiro tempo e foi o maior responsável pelo empate por 0 a 0 com o Figueirense na tarde deste domingo, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis.
Foi a segunda vez no Campeonato Brasileiro que o Corinthians arrancou um empate sem gols jogando com dois a menos. A primeira foi no clássico com o São Paulo, em setembro. O resultado levou o time de Parque São Jorge aos 48 pontos, a seis da zona de classificação para a América. Os catarinenses chegaram a 50, com perspectiva um pouco melhor.
A tentativa corintiana de conseguir a sexta vitória seguida no Nacional foi prejudicada pela péssima performance da zaga no primeiro tempo. Marinho teve a proeza de receber cartão amarelo logo no primeiro minuto e o vermelho aos 12. Marcus Vinícius, que também já tinha amarelo, foi expulso – injustamente – aos 39.
Leão nem de longe lembrou os velhos tempos e reclamou pouco do árbitro Wagner Tardelli. Sua maior preocupação foi montar às pressas uma retranca para segurar o resultado. Trocou imediatamente o garoto Fagner por mais um zagueiro, Marquinhos. A estratégia era clara: se segurar atrás e apostar na correria na frente.
Sobrou para Marcelo a inglória tarefa de segurar o ataque catarinense, comandado pelo arisco Soares. Demonstrando segurança e muita sorte, o goleiro fez pelo menos cinco ótimas defesas, além de ver bola bater na trave, sair por cima, dos lados, na rede pelo lado de fora.
Enquanto o trio formado por Rosinei, Renato e Wilson teve fôlego o Corinthians também assustou em lances esporádicos. Mas, cansados, os dois primeiros foram substituídos no segundo tempo, o que dificultou ainda mais com que o placar do Orlando Scarpelli fosse alterado.