Fiesp reduz projeção para PIB para entre 2,5% e 3%

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) divulgaram nesta quinta-feira (31) as projeções revisadas para este ano do PIB global e do PIB industrial do País. As revisões decorrem da frustração com o resultado do PIB brasileiro no primeiro semestre, divulgado hoje pelo IBGE.

Segundo as duas entidades, o crescimento de 2,2% do PIB no primeiro semestre deste ano ante o primeiro semestre de 2005 foi "medíocre e aquém das previsões mais pessimistas.

A Fiesp passou a projetar PIB global para 2006 entre 2,5% e 3%, enquanto a previsão anterior era de 3,5% e já havia sida revisada ao longo do primeiro semestre. "Um PIB de 4% é uma absoluta miragem, algo que não existe", disse o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, para contrapor as projeções que vêm sendo feitas pela equipe econômica do governo.

A Fiesp revisou a projeção do PIB industrial de 2,9% a 3,9% para 2%. "Se notarmos que o crescimento do PIB no primeiro semestre ficou em 2,2% e a indústria atingiu 1%, entendemos que o PIB industrial ficará no acumulado deste ano abaixo do PIB global e, por isso, estabelecemos esse índice de 2%", afirmou Francini.

O Ciesp, por sua vez, rebaixou a projeção do PIB global para 3%, de 3,5% a 4% anteriormente. De acordo com o diretor de Economia do Ciesp, Boris Tabacof, a projeção foi revista por causa do fraco desempenho do PIB industrial no primeiro semestre e por estimar recuo das exportações industriais como resultado da valorização cambial.

Além disso, o Ciesp vê sinais de desaquecimento da economia mundial e, no ambiente doméstico, fim da capacidade do consumidor para a tomada de crédito. "Em qualquer lado que possamos olhar nada anima o crescimento da indústria", disse Tabacof.

Para o PIB industrial, o Ciesp passou a projetar crescimento de 3,5% a 4% ante projeção anterior de 4% a 4,5%. Tabacof observou ainda que os juros reais seguem muito elevados e de uma forma mais potencializada quando se avaliam os spreads bancários cobrados de consumidores, comércio e indústria.

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