Fiesp reduz projeção de expansão do PIB para 2,7% em 2006

Com base nos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre divulgados nesta quianta-feira (30) de manhã pelo IBGE, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revisou suas principais projeções de crescimento para este ano. Segundo o diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, a entidade estima que o PIB crescerá 2,7% neste ano, ante a projeção anterior de 2,8% feita em agosto. O PIB industrial total também foi revisado para baixo, passando de 3,5% para 2,8%. Para o PIB da indústria de transformação, a projeção de alta recuou de 2% para 1,5%. Para o Indicador do Nível de Atividade (INA) da indústria paulista, a Fiesp mantém a previsão de alta de 3,2%.

O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) manteve, por enquanto, a projeção de alta do PIB entre 3,5% e 3% para este ano, porém com viés mais voltado para 3%. De acordo com o diretor-adjunto de Departamento de Economia do Ciesp, Antonio Corrêa de Lacerda, há um movimento setorizado de vendas mais fortes no comércio, sobretudo na área de eletroeletrônicos duráveis. No entanto, esse comportamento não compensa o desempenho de outros setores que enfrentam diretamente a concorrência dos importados. "As mudanças estruturais de que precisamos são melhora no câmbio, no juros e na tributação", afirmou o executivo, lembrando que o governo federal deve soltar mais um pacote de desoneração para o setor produtivo em breve, mas que não mexe no juros e no câmbio.

Para Francini, não há chances de recuperação de desempenho da indústria em novembro e dezembro, porque "o jogo está jogado". Isso significa, segundo ele, que eventuais aumentos do INA nos próximos dois meses serão residuais. "Não há espaço e tempo para que aconteça algo diferente do que estamos vendo", afirmou.

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