Fiesp diz que crescimento do PIB deve ser de 2,5% em 2006

São Paulo ? A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou hoje (13) suas perspectivas para 2006. Segundo a entidade, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todas riquezas do país, deverá ser de 2,5%. Para a indústria brasileira, a estimativa é de crescimento de 2,7%. A previsão do governo é de crescimento do PIB da ordem de 4,5% no ano que vem.

Na avaliação do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, se o governo mantiver a política econômica de 2005, o crescimento econômico será "pífio". Para 2006, ele defende, principalmente, a redução dos juros, a desvalorização cambial e a diminuição dos gastos públicos. "Vamos lutar para que os ajustes e reparos necessários à política econômica aconteçam. Se houver uma política de juros mais baixos e o estímulo à recuperação do câmbio, podemos ter um crescimento de 4,5% no ano próximo", analisou. "Agora, se insistirem [ o governo ] em manter os juros altos, o câmbio baixo e se os ajustes fiscais não forem realizados, todas as nossas previsões são de crescimento abaixo de 3%".

Além da queda na taxa de juros e da desvalorização do real frente ao dólar, Skaf voltou a pedir a ampliação do número de membros do Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão responsável por definir os objetivos e as diretrizes do sistema financeiro no país. Hoje, o conselho é composto por representantes do Ministério do Planejamento, do Ministério da Fazenda e do Banco Central. "Não podemos mais ter o CMN nas mãos praticamente do Ministério da Fazenda. Há a necessidade de outras pastas do governo participarem e até alguns representantes da sociedade", avaliou.

A Fiesp calcula que 2005 deve terminar com um crescimento de 2,3% do PIB. Segundo ele, um número considerado "ridículo" se comparado à média de crescimento de 5% no resto do mundo e de 7% para os países emergentes. Skaf acrescenta que o baixo crescimento se deve à "teimosia" do governo na condução da política econômica. "Já está mostrado o que custa a teimosia quando é necessário se fazer ajustes, reparos e não se tem a vontade realmente de enfrentar as situações ou de fazer os ajustes necessários", avaliou.

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