FGV apura inflação de 0,42% na semana

Rio (AE) – Após sete semanas apontando aceleração na alta de preços, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) voltou a mostrar recuo e registrou taxa de 0,42% no período encerrado em 31 de outubro, ante 0,48% na apuração anterior, de até 22 de setembro. Segundo informou hoje (1) a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o resultado foi beneficiado pelo menor impacto de reajustes em tarifas e preços administrados, que têm peso de 60% no cálculo do índice. A queda só não foi mais intensa por conta da elevação nos preços dos alimentos (de -0,11% para +0,14%).

O economista da FGV, André Braz, explicou que reajustes em preços administrados importantes, como os da gasolina, já ocorreram há algum tempo e seus impactos já foram praticamente assimilados pelo IPC-S. Segundo ele, o indicador deve continuar recuando nas próximas apurações. "Acho que o indicador está com viés para baixo e deve se manter nessa linha de desaceleração", disse.

No IPC-S de até 31 de outubro, sem a pressão forte de tarifas e preços administrados, houve reduções expressivas nos preços de habitação (de 0,44% para 0,25%) e transportes (de 2 22% para 1,88%), em relação ao IPC-S de até 22 de outubro.

Outro destaque no resultado do indicador foi o comportamento dos preços dos alimentos. Esse setor continua sendo influenciado pelas notícias de febre aftosa, que elevaram os preços das carnes bovinas (5,39%). Mas essa situação é temporária. Braz reiterou que há uma boa possibilidade de os preços das carnes recuarem no varejo, no futuro. Isso porque, com os embargos às exportações de carne bovina brasileira, o produto exportado pode parar no mercado interno, elevando a oferta do item e, com isso, provocando queda de preços.

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