A Feira da Cachaça Artesanal, aberta na manhã desta quinta-feira (16), no Mercado Municipal de Curitiba, começou a mostrar resultados logo nas primeiras horas. O produtor Frank Paeze, representante da marca Matraga, comercializou no inicio da Feira 16 garrafas de um barril de cinco litros.
Assim como a Matraga, outras 11 marcas vão poder demonstrar aos consumidores e comerciantes de Curitiba a qualidade da cachaça artesanal produzidas atualmente no estado. A mostra prossegue até sábado (17) na praça de convivência, próximo as bancas de hortifrutigranjeiros.
"É mais uma oportunidade que o município de Curitiba abre como forma de valorizar e impulsionar o agronegócio paranaense", declara o secretário municipal do Abastecimento, Antonio Poloni. "Escolhemos justamente o Mercado Municipal por ele representar que existe de melhor na área gastronômica da cidade".
Durante a Feira, o consumidor pode provar cachaças de várias tipos, como orgânica, com canela ou, ainda, a bidestilada. Esta última passa duas vezes pelo processo de destilação, que deixa a bebida mais suave.
A feira é organizada pela Secretaria Municipais de Abastecimento e Secretaria Estadual de Agricultura, com apoio do Sebrae e da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e Emater-PR. As 12 marcas presentes são registradas e obedecem a todas regulamentações das leis brasileiras para produção e comercialização do produto.
Além de comprar diretamente dos produtores e fechar negócios, o público pode provar coquetéis e drinks preparados especialmente para demonstrar outras aplicações da bebida.
A Cooperativa de Produtos Agropecuários Vitória, formada por 20 famílias de agricultores do assentamento rural Santa Maria em Paranacity, trouxe para a feira as versões nacional e exportação da cachaça Liberação. A cooperativa, que trabalha com derivados de cana-de-açúcar, conseguiu no ano passado os registros necessários para comercialização no mercado formal da produção.
Hoje já exporta para a Espanha e estão negociando com a França. "Nosso objetivo aqui é mostrar o produto e abrir novas portas para os negócios", diz o presidente da cooperativa, Jacques Pellezns.
Com capacidade para produzir 30 mil litros de cachaça por ano a cooperativa trabalha atualmente com 13 mil litros, que são vendidos em Porto Alegre e São Paulo. Segundo Pellezns, em 2006 será enviado para Espanha um lote de cinco mil garrafas. "Os derivados de cana-de-açúcar representam 50% da renda das famílias envolvidas na cooperativa", explica o presidente.