Fechando o cerco

A Câmara está fechando o cerco em torno do deputado José Janene (PP-PR), em licença para tratamento de saúde desde setembro em função de grave cardiopatia atestada por junta médica indicada pela mesa. Na oportunidade, o representante paranaense havia protocolado o pedido de aposentadoria como deputado por invalidez permanente.

O presidente Aldo Rebelo (PCdoB-SP) encomendou um parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e o relator Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ) sustentou posição contrária à concessão do benefício, antes que o processo contra o deputado no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar seja concluído.

Janene foi arrolado pelo ex-deputado Roberto Jefferson dentre os principais sacadores das contas de Marcos Valério em agências bancárias de Brasília, apurando a CPMI dos Correios que o volume de dinheiro chegou a R$ 4,1 milhões, para redistribuição aos deputados do PP.

O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), cogitava substituir o relator do processo instaurado contra o paranaense, levando em consideração não apenas a inexplicável demora para a conclusão do parecer, a cargo da deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), a dançarina da pizza, cujo comportamento absolutamente aético quando da absolvição do deputado João Magno (PT-MG) levou os componentes da comissão a duvidar de sua isenção.

O relator da CCJ está trabalhando também numa fórmula de fazer cumprir o dispositivo do regimento interno, que obriga o deputado licenciado para tratamento de saúde a ceder o lugar ao suplente, quando o afastamento é superior a 120 dias, o que acontece com Janene.

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