Faturamento do varejo em SP sobe 7% em janeiro

O faturamento real do varejo na região metropolitana de São Paulo aumentou 7,4% em janeiro, na comparação com o mesmo período de 2006, de acordo com a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), divulgada hoje pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). O resultado foi considerado surpreendente pela entidade, já que foi mais expressivo do que a elevação, de 0,9%, verificada em dezembro ante o mesmo mês do ano anterior.

Segundo a Fecomercio-SP, o desempenho apontado pela PCCV foi motivado pelo crescimento inesperado de três segmentos: Veículos (34,2%), com novo recorde de vendas no período, por conta da oferta de crédito e a cobrança de juros menores; Lojas de Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos (22,2%); e de Material de Construção (13,4%). Ao contrário de 2006, quando os supermercados foram os grandes responsáveis pelo crescimento de 5%, a entidade destacou que 2007 começa com apostas mais fortes nos setores que dependem de crédito.

A Fecomercio-SP informou também que a oferta de financiamentos às pessoas físicas e pequenas empresas subiu no primeiro mês de 2007 e que a tendência de queda dos juros, combinada ao alongamento dos prazos de pagamento, deverá manter-se por mais algum tempo, apesar do nível elevado de endividamento do consumidor. "Com o alongamento dos prazos de financiamento, o crédito ainda é uma alternativa, tanto para a pessoa física, quanto jurídica. É importante ressaltar que com dívidas mais longas, o consumidor acaba restringindo, a longo prazo, seu poder de compra", observou, em comunicado à imprensa, o presidente da entidade, Abram Szajman.

A federação ressaltou que o "fator renda" tende a ser menos relevante neste ano, o que pode acarretar baixa em segmentos diretamente influenciados por este aspecto, como supermercados, por exemplo.

Além do aumento no faturamento real de Veículos, Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos e Material de Construção, a PCCV destacou as altas em Lojas de Departamentos (11,6%), Farmácias e Perfumarias (11%), Vestuário, Tecidos e Calçados (8%), sempre na comparação com o mesmo período de 2006.

Na outra ponta, as baixas no faturamento foram verificadas em Lojas de Móveis e Decorações (-4,2%) e Supermercados (-5,2%). O recuo mais expressivo, de 29%, ficou por conta de Lojas de Autopeças e Acessórios, motivado, principalmente, pela oferta de produtos importados, sobretudo chineses.

A PCCV é apurada mensalmente pela Fecomercio-SP desde 1970. Os dados são coletados junto a cerca de 1.800 estabelecimentos comerciais na Região Metropolitana de São Paulo.

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