As exportações deverão ultrapassar em março a barreira de US$ 11 bilhões e bater recorde mensal. A informação foi antecipada pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. As vendas brasileiras foram superiores a este nível apenas nos meses de julho (US$ 11,061 bilhões) e agosto (US$ 11,346 bilhões) do ano passado.
A estimativa foi dada à Agência Estado pouco depois de o ministro participar da etapa carioca de uma regata que dá a volta ao mundo, a Volvo Ocean Race, convidado pelo comandante do barco brasileiro, Torben Grael. A competição levou mais de três horas, dentro da Baía de Guanabara, no sábado à tarde.
O ministro não quis falar sobre a crise política enfrentada pelo governo. Mas comentou dados de comércio exterior A meta de exportações para 2006 (US$ 132 bilhões) está mantida, apesar do câmbio fraco.
"O governo está aberto a sugestões de como poder melhorar as condições dos exportadores. Temos tido várias reuniões", afirmou. Ele disse que o ministério não trabalha com projeções para o saldo da balança comercial, mas comentou que o resultado este ano será alguma coisa entre US$ 35 bilhões e US$ 45 bilhões. "Mas não projetamos isso", reiterou Furlan.
O ministro citou que um dos motivos da elevada previsão das exportações para este mês é o fato de março ter 23 dias úteis. "Vai bater o recorde mensal, março sobre março, com certeza, e vai ameaçar o (valor) maior de outros meses", comentou. A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) também prevê vendas acima de US$ 11 bilhões para março.
O vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro, informou que as exportações de petróleo em bruto e derivados estão crescendo muito. Isso ocorre com o aumento do volume físico de produtos exportados e por conta da cotação elevada do petróleo. Outro produto que vem contribuindo para as exportações é o minério de ferro. "Estes dois produtos têm sido importantes" disse Castro.