Ao menos 58 pessoas morreram na explosão de um carro-bomba parado perto de um dos mais sagrados templos xiitas do Iraque. Mais de 160 ficaram feridas na cidade de Kerbala, informaram autoridades locais. A explosão ocorreu por volta das 19h locais em uma movimentada área comercial perto da Mesquita do Imã Hussein no momento em que fiéis dirigiam-se para as orações, prosseguiram as fontes.
Pelo menos 58 pessoas morreram e 168 ficaram feridas, disse Salim Kazim, secretário de Saúde de Kerbala, cidade situada 80 quilômetros ao sul de Bagdá. No dia 14, a explosão de um carro-bomba na mesma região deixou 47 mortos e 224 feridos.
Hoje, o comando militar dos Estados Unidos em Bagdá informou que um militante suicida a bordo de um caminhão-bomba atacou a casa do comandante de polícia de Hit, uma cidade da conturbada província de Anbar, no oeste do Iraque, provocando a morte de 15 pessoas, sendo nove soldados iraquianos e seis civis. O ataque ocorreu ontem. Depois da explosão em Kerbala, moradores e visitantes revoltados reuniram-se perto do local, muitos deles para procurar por familiares.
Alguns começaram a atirar pedras contra policiais, acusando-os de não proteger a população. Agentes de segurança efetuaram disparos para o alto para dispersar a multidão. A explosão incendiou diversos carros e danificou edifícios próximos. A televisão iraquiana exibiu imagens de uma imensa coluna de fumaça saindo das ruas enquanto ambulâncias apressavam-se para chegar ao local e socorrer as vítimas.
Enquanto isso, pelo menos nove soldados americanos morreram em episódios de violência ocorridos entre ontem e hoje no Iraque, informou o comando militar dos Estados Unidos em Bagdá. Os incidentes elevam a 99 o número de soldados americanos mortos este mês no país árabe.
De acordo com uma contagem da Associated Press, 3.346 soldados americanos morreram no Iraque desde março de 2003, quando forças estrangeiras lideradas pelos EUA invadiram o país árabe em busca de armas de destruição em massa nunca encontradas.
Memória
Enquanto isso, centenas de pessoas foram hoje à cidade de Ouja, nas proximidades de Tikrit, para acender velas e depositar flores no túmulo do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein no dia em que ele completaria 70 anos de idade. Os simpatizantes de Saddam disseram que não estavam apenas homenageando o líder, enforcado em 30 de dezembro, depois de ter sido condenado à morte por um tribunal iraquiano, mas também chorando pela guerra generalizada que assola o país.