Expansão do Gasbol deve custar US$ 700 milhões

Rio (AE) – A expansão do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) vai demandar investimentos de pelo menos US$ 700 milhões. O cálculo, feito pela Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), considera apenas o pedido de 4 milhões de metros cúbicos adicionais feito pela Petrobras. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) prepara uma chamada pública para atrair outros investidores para o projeto, que a operadora do duto estima que pode chegar até a 12 milhões de metros cúbicos por dia.

O Gasbol bateu seu recorde de volume transportado em setembro, atingindo a marca de 27,5 milhões de metros cúbicos por dia, próxima da capacidade máxima de 30 milhões de metros cúbicos por dia. Segundo o presidente da TBG, José Zonis, a tubulação deverá atingir seu limite em 2007, já batendo picos durante o ano que vem. A empresa estima um prazo mínimo de 36 meses para concluir as obras.

De acordo com as estimativas da TBG, serão necessários US$ 225 milhões para trazer mais 4 milhões de metros cúbicos por dia para São Paulo e outros US$ 480 milhões para levar o mesmo volume até Porto Alegre. O trecho Sul do gasoduto, que liga São Paulo à capital gaúcha, já está bem perto do limite de capacidade, disse o executivo, e também precisará ser ampliada.

Zonis avalia que há mercado para que o trecho Norte traga da Bolívia mais 12 milhões de metros cúbicos por dia. Para Porto Alegre, ele acredita que a ampliação deve atingir no máximo de 7 milhões de metros cúbicos.

O presidente da TBG informou que já se reuniu com a ANP, com representantes do governo boliviano e da empresa que opera a parte do duto naquele País para definir o cronograma do projeto de expansão. A lei prevê que qualquer empresa interessada possa apresentar oferta para uso do Gasbol, desde que participe do investimento. Em caso de as ofertas superarem a estimativa de consumo, os interessados disputarão um leilão.

A ANP já realizou uma chamada pública para ampliação do gasoduto, há três anos. Na época, apareceram interessados em trazer mais 51 milhões de metros cúbicos por dia, mas o processo foi abortado devido à redução do consumo de energia depois do racionamento de 2001. A maior parte do gás seria usada para abastecer usinas térmicas.

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