Executivo diz que PPPs podem ajudar transporte ferroviário

O diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportes Ferroviários (ANTF),
Rodrigo Vilaça, afirmou que é preciso investir na recuperação da malha
ferroviária brasileira. As Parcerias Público-Privadas (PPPs) podem ser uma
alternativa. Segundo ele, depois de um longo tempo de abandono e quase
desaparecimento da malha ferroviária, nos últimos oito anos o processo de
recuperação, mesmo que lento, tem trazido bons resultados.

"Em 1996, a
indústria nacional produziu seis vagões dentro do Brasil e eles foram exportados
para a África. Nesse ano, nós temos uma demanda já prevista de 9.193 vagões, o
que já é o dobro do que foi produzido no ano passado". Vilaça, em entrevista à
Rádio Nacional de Brasília, disse, ainda, que cada vagão traz por trás
dele rodas, eixos, freios e equipamentos. "No conjunto, a indústria brasileira
tem feito com que possamos ter um crescimento e uma geração de empregos dentro
desse setor", avaliou.

Acrescentou que não existe conflito entre os
meios de transporte ferroviário, rodoviário, marítimo e aéreo. "Hoje, nós não
somos mais operadores ferroviários, nós somos operadores de ferrovia e de
operações logísticas. Estamos num mundo globalizado em que as operações
integradas são extremamente importantes, é preciso apenas que haja uma lógica
racional", disse. Para ele, é preciso valorizar os portos e a navegação costeira
e de rios para que se possibilite aos usuários melhores condições e alternativas
para escoar a produção ou o próprio produto acabado.

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