Ex-policial militar e filho confessam que mataram arqueólogo no Amazonas

Manaus (AE) – No fim da tarde de ontem (03), uma multidão revoltada tomou conta da rua onde se situa a delegacia de polícia de Iranduba, a 25 quilômetros de Manaus. Os manifestantes aguardavam a chegada dos dois suspeitos de serem os mandantes do crime contra o arqueólogo norte-americano James Brent Petersen, que aconteceu no dia 13. O ex-policial militar Ronaldo da Costa Santos, de 45 anos, e o filho dele Rodolfo Romerito dos Santos, de 19, foram recebidos com vaias e só confessaram o crime, segundo a polícia, após acareação com os outros dois integrantes da quadrilha, que estavam presos na cidade.

Na madruga de hoje, após extenso interrogatório, Costa Santos e Romerito Santos levaram a polícia até a casa do ex- PM no município, onde haviam enterrado as armas do crime, dois revólveres calibre 38. Os suspeitos foram identificados por moradores da comunidade de Santa Luzia, em Autazes, a 100 quilômetros da capital amazonense, e estavam foragidos desde a data do crime.

Petersen desenvolvia trabalhos na área de Iranduba, onde acreditava ter existido a maior nação indígena do Amazonas. No local, foram encontradas uma urna funerária e uma suposta ossada de peixe-boi. A área é rica também em peças de cerâmica, encontradas com freqüência pelos moradores.

Voltar ao topo