Ex-diretor do Palmeiras rebate acusação de oportunista

O candidato de oposição à presidência do Palmeiras, Roberto Frizzo, que era diretor administrativo do clube até terça-feira, dia em que anunciou sua candidatura, minimizou nesta quinta-feira (07) as acusações de que foi "oportunista" e de que teria traído seu chefe Affonso Della Monica, candidato à reeleição no pleito que será realizado em janeiro.

"Eu fiz bem meu trabalho, honrei meu cargo, e imaginei que falassem em traição ou deslealdade, mas isso não importa. A minha formação no Palmeiras vem se desenvolvendo há 35 anos, é uma carreira, uma biografia", afirmou o ex-diretor, que, em entrevista à rádio Jovem Pan, disse não se arrepender de ter trabalhado na gestão de Della Monica. "Procurei fazer o melhor pelo Palmeiras, mas chega um momento em que cada um tem de ir para seu caminho.

Ele se propõe a uma "mudança de filosofia" na gestão do Palmeiras, e disse crer que não será complicado sanar as finanças do clube, que precisou antecipar verbas de TV e da Adidas para 2007 a fim de fechar as contas deste ano. "O Palmeiras tem um patrimônio inquestionável, e acredito que, se tivermos a condição de assumir o clube, rapidamente nós teremos um Palmeiras com boa saúde em todos os seus setores.

Frizzo desmentiu que vá contar com o apoio do presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo del Nero, embora este seja seu amigo de longa data. "Ele foi meu colega de faculdade e sempre estivemos próximos, mas, como gestor da FPF, ele deve ficar eqüidistante desse tipo de questão", afirmou.

O candidato diz ainda que não teve formalizado o apoio de Mustafá Contursi, ex-presidente do clube, de 1993 a 2004, e atual presidente do Conselho Deliberativo – cujos 300 membros elegem o presidente para um mandato de dois anos. Seu único apoio declarado até agora é o de Carlos Bernardo Facchina Nunes, presidente entre 1989 e 1992. "Ele está com a gente desde o primeiro momento.

Sobre a notícia de que o Palmeiras teria feito uma proposta para tirar o técnico Caio Júnior do Paraná Clube, Frizzo afirmou não ter nenhum conhecimento sobre isso, mas foi reticente ao falar sobre o atual técnico, Jair Picerni. "Ele é um técnico de ponta no cenário brasileiro atual", disse, de forma visivelmente desconfortável.

Voltar ao topo