Darzoni da Silva Pillar terá de cumprir dois anos e dois meses de prisão, em regime aberto, por ter agredido Régis Thadeu da Rosa Júnior durante jogo de futebol em 1999. A decisão foi confirmada pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul no último dia 13 de dezembro, em análise de recurso contra sentença de primeiro grau, e tornada pública nesta semana, quando o juiz da Vara de Execuções Criminais de Santo Ângelo, Fábio Marques Welter, notificou o jogador.
Darzoni foi autorizado a cumprir a pena sem pernoitar em albergues para não prejudicar seu trabalho atual, como zagueiro do Guarany de Bagé.
O episódio que resultou na condenação ocorreu em 13 de novembro de 1999, em Santo Ângelo, e teve repercussão internacional. No último minuto de um jogo contra o Caxias (empatado por 1 a 1), Darzoni, então atacante, desferiu um soco na cabeça do zagueiro Régis, uma agressão que a Justiça entendeu como fútil porque foi feita de surpresa, sem motivo e sem chance de defesa para a vítima.
O argumento que Darzoni usou na defesa, de que teria sido agredido por Régis durante o jogo, foi desmentido pelas imagens de televisão analisadas pela Justiça.
Régis entrou em coma e ficou vários dias na UTI de um hospital de Caxias do Sul. Conseguiu se recuperar, mas as seqüelas interromperam sua carreira no futebol, aos 21 anos.
Darzoni seguiu rodando por diversos times do interior do Rio Grande do Sul. Atualmente, com 30 anos, defende o Guarany de Bagé como zagueiro. Ontem ajudou o time a ganhar do Gaúcho, em Passo Fundo, por 2 a 0, pelo campeonato estadual. Em maio, vai se transferir para o São Gabriel. Mas nos próximos dois anos terá de informar seu paradeiro à polícia das cidades onde estiver jogando.