EUA deslocam porta-aviões e simulam ataques no Golfo

A Marinha dos Estados Unidos iniciou hoje sua maior campanha de demonstração de força no Golfo Pérsico desde a invasão do Iraque em 2003, deslocando dois porta-aviões e promovendo simulações de ataques aéreos. A manobra militar envolveu 15 navios de guerra, mais de cem aviões e cerca de 10 mil soldados – e certamente aumentará a tensão entre EUA e Irã. O país tem criticado com freqüência a presença militar americana nas proximidades de sua costa.

Os exercícios militares americanos começaram apenas quatro dias depois de 15 marinheiros e fuzileiros navais britânicos terem sido capturados pelo Irã por suposta invasão de águas territoriais. Os comandos navais dos EUA e da Grã-Bretanha asseguram que os marinheiros estavam em águas iraquianas, mas Teerã alega que os militares estrangeiros haviam invadido suas águas territoriais.

A bordo do porta-aviões USS John C. Stennis, caças F/A-18 partiram para uma série de ataques rápidos simulados a embarcações e aeronaves inimigas no Golfo. "Essas manobras demonstram nossa flexibilidade e nossa capacidade de responder a ameaças à segurança marítima", disse o tenente da Marinha John Perkins. "Essas manobras mostram que podemos manter o ambiente naval seguro e uma conexão vital para a economia global aberta", completou.

Intimidação

No Bahrein, onde fica o quartel da 5ª Frota dos EUA, o comodoro Kevin Aandahl disse que as manobras não foram organizadas em resposta à captura dos soldados britânicos e negou que o objetivo fosse intimidar o Irã, cuja Marinha opera nas mesmas águas. Aandahl recusou-se a revelar quando a Marinha planejou as manobras. Segundo ele, as operações durarão mais alguns dias e as embarcações americanas não se aproximarão da costa iraniana.

Ao longo dos últimos mezes, as Marinhas dos EUA e do Irã têm promovido manobras militares na região. Teerã promoveu manobras em novembro do ano passado e em abril deste ano. O último exercício de guerra americano antes do atual ocorreu em outubro de 2006.

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